Este blog visa orientar a criação, o manejo e a reprodução
do peixe Betta splendens, também conhecido como peixe de briga e um dos mais
belos peixes ornamentais cultivados no mundo. Hoje não existe consenso da
maneira mais eficiente de criar esses peixes, aqui vamos falar de aspectos
ligado a biologia, reprodução, comportamento e cultivo dessa especie.
Betta splendens (nome científico) é uma espécie de peixe da
família Osphronemidae e do gênero Betta, originária do Sudeste Asiático
(Indochina). O "peixe betta" é também conhecido como
peixe-de-briga-siamês (no Brasil), lutador (em Angola) ou combatente (em
Portugal), devido à sua agressividade contra peixes da mesma espécie.
Esta agressividade verifica-se predominantemente entre
machos da espécie, de modo que, um macho colocado junto a peixes de espécies
dóceis compatíveis em um aquário grande e decorado tem a possibilidade de
conviver em harmonia. Por outro lado, se colocados em aquários pequenos, mesmo
as fêmeas se tornam agressivas.
Seu habitat natural as regiões alagadiças com águas
estagnadas e pobres em oxigênio, como brejos, pântanos e campos de plantação de
arroz.
A origem do seu nome vem da associação com uma tribo
guerreira, os Ikan Bettah, a qual dominava as regiões do antigo Sião, onde os
guerreiros eram chamados de Bettahs. A relação com os antigos guerreiros é
evidente, uma vez que o Betta é um peixe bastante territorialista, tornando-se
violento quando em contato com outros machos da mesma espécie. Foram
introduzidos na Europa e nos Estados Unidos onde o ictiologista C.Tate Regan o
denominou de Betta splendens. Os peixes importados tanto na Europa quanto na
América do Norte eram de espécies selvagens, os quais apresentavam uma
coloração discreta e menor tamanho. As variações de cores e tamanhos existentes
nos dias atuais foram conseguidas a partir do trabalho de aquaristas e produtores.
As linhagens comerciais atualmente encontradas são o resultado de uma longa
seleção feita por criadores visando a dois aspectos distintos: a produção de
peixes com características fenotípicas desejáveis, como belas nadadeiras e
corpo colorido com reflexos metálicos e iridescentes, e a criação de peixes
mais agressivos para serem utilizados em torneios de luta (mais comuns no
Sudeste Asiático), sendo que esses últimos normalmente apresentam nadadeiras
curtas e são de maior tamanho. Atualmente, no Brasil, além do aquarismo
convencional, essa espécie tem sido utilizada como controle biológico de
mosquitos, como os das espécies Aedes aegypti, no Ceará, e o da Culex
quinquefasciatus em Pernambuco.